Como cuidar de uma pessoa com a doença de Parkinson

A doença de Parkinson afeta milhões de pessoas em todo o mundo e, embora não tenha cura, a verdade é que não coloca em risco a vida do doente, mas sim altera-a profundamente. Saiba quais os principais cuidados a ter com uma pessoa que sofre da doença de Parkinson.
A doença de Parkinson requer tempo e paciência

Quem sofre da doença de Parkinson vê a sua vida a abrandar drasticamente, uma vez que a mobilidade limitada e mais lenta faz com que todas as tarefas diárias se realizem muito mais devagar. Quem lida com um doente com Parkinson também precisa de interiorizar esta nova realidade – as novas palavras de ordem são tempo e paciência. Se expressa a sua impaciência e pressa ao doente, ele provavelmente tentará apressar-se mas, não conseguindo, irá ficar frustrado e até zangado, tornando todo o processo ainda mais lento. Quando acompanhar o doente com Parkinson em qualquer atividade ou tarefa, certifique-se que tenha tempo suficiente para completá-la. A paciência vai-se ganhando, basta imaginar-se na situação do doente.
Cansaço e pausas

Embora o doente com Parkinson efetue a sua rotina diária muito devagar e, com o passar dos anos, de forma cada vez mais lenta, o cansaço é um dos principais sintomas desta doença e outro obstáculo no dia-a-dia de quem vive com Parkinson. Saiba que quem tem esta doença precisa de descansar várias vezes ao dia, normalmente entre cada atividade realizada e por vezes até a meio das mesmas – algumas das quais podem ter mesmo de ficar por terminar. As noites bem dormidas são essenciais para os doentes com Parkinson (de preferência com a cabeça ligeiramente elevada), mas como as insónias são um dos sintomas recorrentes nesta doença, a pessoa deve evitar dormir demasiado durante o dia. Procure formas de ajudar e facilitar a vida do doente, para que este possa conservar o máximo de energia possível – se fizer demais num dia, no dia seguinte poderá ter de ficar em repouso.
Em casa

Quer o doente com Parkinson viva sozinho ou com familiares, é importante que a sua casa esteja preparada adequadamente para facilitar a sua vida e ultrapassar as limitações impostas pela própria doença. Pequenas adaptações como: organizar a cozinha, casa de banho/banheiro, quarto e outras divisões de forma a colocar os objetos mais utilizados num local de fácil acesso; retirar tapetes escorregadios e ocultar fios elétricos; instalar um chuveiro de mão e uma cadeira de banho; colocar uma sanita mais elevada na casa de banho; ajustar a altura da cama; instalar barras de apoio nas divisões mais frequentadas (junto à cama, no WC, nos corredores…). Embora se deva estimular a independência do doente com Parkinson, poderá ser preciso ajudá-lo nas limpezas domésticas, nas compras de supermercado e no tratamento da roupa (lavar, estender, apanhar passar a ferro) ou então contratar alguém para o efeito.
Alimentação

A perda de peso e a obstipação são dois sintomas que afetam, frequentemente, os doentes com Parkinson. Nesse sentido, é importante manter uma dieta equilibrada, com particular destaque para as fibras. A perda de peso em doentes com Parkinson deve-se a vários fatores: os tremores frequentes queimam muitas calorias; as alterações cerebrais podem suprimir o apetite e/ou acelerar o ritmo metabólico; as náuseas e alterações do sentido de olfato frequentemente sentidas por estes doentes podem diminuir a vontade de comer; o cansaço e a fraqueza dos braços pode tornar a hora das refeições extremamente cansativa e o doente acaba por desistir; dificuldades em mastigar e engolir podem ter o mesmo efeito. Como ajudar? Proporcionar alimentos que são fáceis de ingerir e com uma apresentação e aroma atrativos; disponibilizar talheres leves e de fácil manuseamento; utilizar palhinhas sempre que possível; evitar pressas à hora das refeições; fazer várias refeições ao longo do dia, mas mais pequenas para evitar o cansaço.
Medicamentos

A toma dos medicamentos prescritos para a doença de Parkinson é fundamental porque ajudam a atenuar ou a estabilizar os principais sintomas, conferindo uma maior qualidade de vida ao doente. Faça questão de administrar os fármacos diariamente, à mesma hora, sendo mais fácil gerir a sua distribuição ao longo do dia com o recurso a uma caixa própria para compridos, dividida para acompanhar as principais refeições. Siga sempre as indicações do médico e nunca altere a dosagem sem o seu consentimento. Leia atentamente todos os folhetos informativos, de forma a familiarizar-se com as possíveis interações medicamentosas e efeitos secundários, informando de imediato o médico se o doente não se sentir bem com qualquer medicamento. Por outro lado, também é importante registar quais os medicamentos que melhore funcionam com o doente.
Higiene pessoal

A higiene pessoal é precisamente isso – muito pessoal e o doente com Parkinson deve ser incentivado a tratar de si sozinho, o máximo possível, pedindo ajuda sempre que necessário, claro está. Existem várias formas de ajudar o doente indiretamente: motive-o a realizar a sua higiene pessoal sentado (secar e pentear o cabelo, lavar os dentes, colocar creme…); providencie uma escova de dentes elétrica (mais prática, menos cansativo); as escovas de cabelo devem ter pegas adequadas; utilizar um roupão de banho em vez de uma toalha; evitar banhos muito quentes, uma vez que podem contribuir para o cansaço. Mesmo o ato de vestir e de calçar deve ser maioritariamente feito na posição sentada para evitar fadiga desnecessária e eventuais desequilíbrios.
Exercício físico

Pode parecer um contrassenso mas a prática regular de exercício físico pode contribuir para o aumento dos benefícios dos medicamentos de Parkinson, pode combater a depressão e ajudar o doente a sentir-se bem física e mentalmente. São três os principais tipos de exercício que um doente com Parkinson deve procurar praticar: alongamentos para assegurar a flexibilidade das articulações e dos tecidos moles; exercícios de resistência para fortalecer os músculos abdominais e de costas; exercício aeróbico para manter a saúde cardio-respiratória. Desde natação, ioga, pilates ou simples caminhadas, o importante é manter o doente ativo, motivando-o com a organização de atividades desportivas divertidas, em grupo ou acompanhadas por um amigo ou familiar. Outra alternativa é a fisioterapia – consulte o médico do doente antes de iniciar qualquer tipo de tratamento.
Lazer e convívio

É fundamental manter um doente com Parkinson ativo, independente e interessado pela vida – afinal de contas, essa pessoa pode continuar a desfrutar das coisas boas da vida, estas requerem apenas algumas pequenas alterações. Apesar de a mobilidade ser o principal obstáculo na vida de um doente com Parkinson, há que manter essa pessoa mentalmente ativa, estimulando a sua criatividade, inteligência e imaginação. Entre a leitura, a jardinagem, o cinema e a música, existem um sem número de atividades que podem trazer experiências positivas para uma pessoa que sofre de Parkinson – para além de promover antigos passatempos e gostos, incentive a pessoa a procurar novas ocupações. Os doentes com Parkinson têm uma tendência natural para se isolarem socialmente, uma vez que sentem já não serem a pessoa que eram e têm receio e/ou vergonha da reação das outras pessoas. A doença de Parkinson não significa o fim da vida, mas sim o início de um novo capítulo, onde continua a haver espaço para a família, os amigos e o convívio social. O isolamento, pessoal ou profissional (muitos doentes com Parkinson continuam a trabalhar durante muito tempo) é algo que deve ser evitado ao máximo.
Apoio emocional

Cerca de 50% dos doentes com Parkinson sofre de depressão numa ou noutra altura da sua doença – é natural, tendo em conta as suas crescentes limitações e dependência nos outros. Alguns dos principais sinais aos quais é necessário estar atento incluem: ansiedade, apatia, irritabilidade, tristeza, fadiga, perturbações de sono, problemas de concentração, sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, isolamento, perda da vontade de socializar, perda de apetite, perda ou aumento de peso, falta de libido, tendências suicidas. Embora uma depressão deva ser acompanhada por um médico, existem várias coisas que pode fazer para animar o doente e ajudá-lo a ver a sua nova realidade com outros olhos: passar tempo de qualidade juntos, organizar programas divertidos, envolver a família e amigos do doente. Principalmente, ser um bom ouvido e assegurar ao doente com Parkinson que está do seu lado para tudo aquilo que for preciso.

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A doença de Parkinson e a terceira idade

A doença de Parkinson não é um doença que afecta só a terceira idade, contudo ela tem tendência em aparecer a pessoas de idade avançada. Os sintomas desta doença ocorrem de modo frequente nas pessoas com idades compreendidas entre os 50 anos e os 60 anos. Existe 5% de probabilidade desta doença surgir em pessoas com idade antes dos 40 anos e 10% entre os 40 e 50 anos.

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Um tremor significa doença de Parkinson?

O tremor é um dos sintomas principais que caracterizam a doença de parkinson, mas isto não significa que quando existe um tremor, este seja a manifestação da doença. Muitas outras doenças podem causar tremores e por isso deve-se ter cuidado no seu diagnostico.
O tremor que identifica a doença de Parkinson ocorre quando o corpo está em estado de repouso. Este tremor normalmente não afecta as lidas do quotidiano como comer, tomar banho e vestir pois pára quando a pessoa se movimenta. Contudo pode piorar quando a pessoa está mais nervosa. Começa normalmente numa só mão e pode ficar somente nessa mão, ou com o passar do tempo estender-se para a outra mão.

Com a evolução da doença os sintomas podem piorar, existindo períodos em que a pessoa tem maior dificuldade de se mover. Por outro lado com o passar do tempo a evolução pode ser positiva e a mobilidade da pessoa pode ser muito boa. Isto pode acontecer devido à toma de certos medicamentos.

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A doença de parkinson afecta o equilibrio e a marcha

A doença de parkinson perturba a marcha e provoca tonturas quando a pessoa afectada põe-se de pé, desequilibrando-se mais facilmente. Isto tudo aumenta o risco de sofrer quedas. Inicialmente a doença afecta os movimentos, ficando estes
lentos e rijos. Consequentemente os passos torna-se mais vagarosos e mais curtos. Esta dificuldade em andar pode nesta fase manifestar-se só num lado do corpo, levando alguns doentes a pensar que sofreram um acidente vascular cerebral de fraca intensidade.

Com o evoluir da doença, ao iniciar a marcha o doente já sente muita dificuldade, sentindo que os pés estão muito pesados como que colados ao chão. Ao insistir na marcha, os passos são pequenos, tornando-se por vezes mais acelerados para conseguir equilibrar-se.

Para facilitar a marcha do doente é necessário que os objectos e obstáculos sejam retirados do seu caminho. Isto deve fazer-se em casa para ajudar e motivar o doente que sofre desta doença não deixar de caminhar.

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Tratamento medicamentoso na Doença de Parkinson

“As pessoas tomam remédios diferentes, por isso é
importante saber o que são, quais os possíveis efeitos
secundários e quais os possíveis resultados”
•A Doença de Parkinson (DP) não pode ser curada por
medicamentos, mas eles fazem uma grande diferença
na melhoria dos sintomas e na qualidade de vida.

•A gravidade dos sintomas da DP varia de uma pessoa
para outra. Nem todas as pessoas precisam de tomar
medicamentos no início, mas a maior parte delas
consideram que a medicação ajuda à medida que os
sintomas evoluem. É impossível sugerir qual o melhor
medicamento, todos têm o seu lugar e a sua utilidade.
•Em geral, os medicamentos para a DP são mais
eficazes para a lentificação dos movimentos e para a
rigidez muscular do que para o equilíbrio, problemas da
falar, lentificação do pensamento, e para as
dificuldades de memória.
•Os medicamentos que substituem a dopamina no
cérebro (preparações de levadopa, incluindo Sinemet
(levo/carbidopa) e Madopar (levodopa/benzaserida)
são os mais utilizados. Existem em várias dosagens.
•Medicamentos que mimetizam a dopamina (os
agonistas da dopamina), incluem o Requip/ropinirole,
Cabaser/cabergoline, Mirapexin/pramipexole,
Parlodel/bromocriptina e o Permax/pergolide,) são
mais recentes. Alguns especialistas consideram que a
sua utilização precoce evita a necessidade de
levadopa e reduz os seus efeitos secundários a longo
prazo. Podem ser utilizados sozinhos ou com
levadopa.
• Outros medicamentos utilizados na DP são o Jumex/
selegiline, Parkadina/amantadine, e o inibidor COMT
Comtan/entacapon. Estes medicamentos são
normalmente utilizados com levadopa ou com
antagonistas da dopamina. Os medicamentos
anticolinérgicos (Artane/trihexifenidilo, Congentim/
benzatropina, Norflex/orfenadrina e
Akineton/biperideno) provocam efeitos secundários em
doentes mais velhos e são raramente úteis (excepto se o
tremor for muito severo).
•Algumas pessoas têm efeitos secundários como a
náusea, tonturas, perturbações do sono, alucinações ou
confusão quando começam a tomar os medicamentos.
Estes podem ser controlados com a alteração da dose ou
do horário da medicação. Usando um medicamento antiemético
chamado Motilium/domperidona, pode ajudar.
•A melhor dosagem apenas pode ser alcançada por
tentativa-erro. Normalmente é aplicada uma pequena
dose que vai sendo gradualmente aumentada até atingir
os objectivos desejados.
•Após meses ou alguns anos os medicamentos podem
tornar-se menos eficazes, demorando mais tempo a
actuar e desgastando-se rapidamente (conhecido como
fenómeno on/off). Também podem surgir novos efeitos
secundários como os movimentos involuntários
(conhecidos como discinésias). Nessa altura é necessário
um cuidado adicional na dosagem e na programação do
horário da medicação.
PARA MAIS INFORMAÇÕES
O seu médico ou uma enfermeira especializada podem
responder às suas questões sobre o tratamento
medicamentoso da Doença de Parkinson.

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Medicamentos para a Doença de Parkinson


Principais
medicamentos para a Doença de Parkinson
DROGA
(PRINCÍPIO ATIVO)
NOME
COMERCIAL®
MECANISMO
DE AÇÃO
LEVODOPA
OU L-DOPA
SINEMET/CRONOMET/´PROLOPA
PRECURSORA
DA DOPAMINA
BROMOCRIPTINA
PARLODEL/BAGREN
AGONISTA
DOPAMINÉRGICO
LISURIDE
DOPERGIN
AGONISTA
DOPAMINÉRGICO
PRAMIPEXOL
MIRAPEX
AGONISTA
DOPAMINÉRGICO
PRAMIPEXOL
SIFROL
AGONISTA
DOPAMINÉRGICO
PERGOLIDA
CELANCE
AGONISTA
DOPAMINÉRGICO
ROPINIROL
REQUIP
AGONISTA
DOPAMINÉRGICO
BIPERIDENO
AKINETON
ANTICOLINÉRGICO
TRIHEXIFENIDIL
ARTANE
ANTICOLINÉRGICO
AMANTADINA
MANTIDAN
DOPAMINA
ENDÓGENA
SELEGILINA/L-DEPRENIL
NIAR
-DEPRILAN -JUMEXIL - ELEPRIL
INIBIDOR
DA MAO-B (*)
TOLCAPONE
TASMAR
INIBIDOR
DA COMT(**)
ENTACAPONE
COMTAN
INIBIDOR
DA COMT(**)

(*)
MAO-B = monoamino-oxidase B - (**) COMT-catecol-O-metil-transferase

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Mudar a alimentação pode ser um caminho para regressão do Parkinson

Uma nova terapia desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordenados pelo professor Cícero Galli Coimbra, promete parar o avanço – e até regredir – a doença de Parkinson. A base do tratamento é a mudança na alimentação: retirar a carne vermelha (bovina e de porco) e repor a vitamina B2 (riboflavina). O mal de Parkinson afeta o sistema nervoso central e provoca, principalmente, tremores, rigidez nos músculos e dificuldades de movimentos. É possível, também, que a doença cause problemas na memória, depressão e alterações no sono.Os pesquisadores, estimulados pela busca de padrões de falta de vitaminas entre pacientes com Alzheimer e Parkinson, constataram que esses últimos possuíam baixas concentrações da vitamina B2. “Passamos a investigar a dieta para verificar se não havia ingestão deficiente de boas fontes de B2. As fontes alimentares de B2 encontradas eram boas, o que indica uma absorção deficiente”, diz Coimbra.

As respostas aos questionários sobre alimentação demonstraram, ainda, que os pacientes tinham uma predileção pela carne vermelha, ingerindo três vezes mais carne que o grupo utilizado como controle. “Revisando-se a literatura, verificamos que a carne vermelha libera, durante a digestão, a substância hemina, que possui propriedades tóxicas, porque penetra as membranas celulares carregando ferro para o interior das células, onde este eleva a produção de radicais livres. Para evitar tal efeito, a hemina é destruída, em sua maior parte, na própria célula intestinal (e o restante, no fígado), utilizando a vitamina B2. Tornou-se claro, então, que o indivíduo absorve a hemina, não tendo então a B2 para destruí-la. Assim, solicitamos a parada completa da ingestão de carne“. Coimbra acrescenta que o tratamento tradicional contra a doença, à base de medicamentos, deve ser concomitante à dieta proposta pelos pesquisadores.

Algumas correntes da medicina têm restrições sérias à ingestão de carne vermelha, mas Coimbra diz que a restrição do tratamento desenvolvido pela sua equipe “não é filosófica, apesar de que possa reforçar essas correntes, o que me parece adequado pelos benefícios à saúde”.

A cura para a doença vem sendo pesquisada em todo o mundo com as mais avançadas técnicas da medicina atual, como terapias genéticas e implantes cerebrais, mas o tratamento, segundo essa pesquisa, parece ser mais simples do que isso: é mais barato, não é invasivo e, principalmente, é eficaz e está ao alcance de todos. Para Coimbra, esse tratamento, pela primeira vez, está “combatendo a origem da doença, e não os seus efeitos”. Mas necessita de mudanças mais profundas no estilo de vida das pessoas, visto que a retirada de alguns alimentos do dia-a-dia é apenas um dos aspectos para uma vida mais saudável.

Para Luiz Meira, médico de família de Campinas, é preciso cuidar, também, da qualidade dos alimentos ingeridos e de procurar um equilíbrio na ingestão de proteínas, sais, gorduras e carboidratos. A diminuição da carne vermelha na dieta traz, para Meira, dois benefícios principais: diminuir o contato com a carne suína que, para ele, pode produzir a reações alérgicas profundas; e com substâncias presentes no manejo da carne bovina, como agrotóxicos das forragens, hormônios, antibióticos e quimioterápicos, que acabam passando ao alimento.

Privilegiar as sementes e frutos sem aditivos químicos ou modificações genéticas e diminuir as gorduras (animal e vegetal) são algumas das outras indicações de Meira. Além disso, precisamos de cuidados intensos para a não contaminação por metais pesados como, por exemplo, o alumínio liberado de panelas. Contra isso, Meira sugere a utilização de panelas de vidro no preparo dos alimentos. Mudanças que parecem simples e que tornam, rapidamente, a vida mais saudável.

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A Alimentação Na Doença De Parkinson

Como a doença de Parkinson pode interferir na alimentação ?

Dependendo da fase da doença, da dose do medicamento ou da etapa do tratamento, podem-se observar alguns sintomas que dificultam uma alimentação adequada, fazendo com que o estado nutricional do parkinsoniano fique prejudicado, necessitando de intervenção de um profissional de nutrição e ajuda de outros profissionais e da família.

Muitas vezes, o indivíduo com a Doença de Parkinson já está inserido no grupo da terceira idade e, dependendo do seu modo de vida, pode apresentar outros problemas relativos à saúde, como a hipertensão, hipercolesterolemia, osteoporose, problemas cardiovasculares, distúrbios genitourinários, entre/outros. Desta forma, devemos considerar as manifestações das diversas doenças quando vamos alimentar-nos. Uma dieta bem orientada pode ajudar-nos a vencer as dificuldades.Vários fatores podem apresentar-se como risco para falta de apetite, perda de peso e, conseqüentemente, má nutrição. São eles:

o A aposentadoria reduzida e muitas vezes adquirida muito cedo;

o Isolamento da família e/ou da sociedade;

o A não-aceitação da doença;

o A existência de outras doenças conjuntas;

o Problemas de dentição e dificuldades de mastigação e deglutição (ato de engolir os alimentos líquidos e/ou sólidos);

o Depressão e, em alguns casos, demência;

o Pouca atividade física e imobilidade;

o Medicamentos usados na fase inicial da doença (anticolinérgicos, como Artane e Akineton, entre outros), interferindo na absorção intestinal, dificultando o seu funcionamento, provocando náuseas, vômitos, intestino preso ou boca seca (dificultando a formação normal do "bolo alimentar"), reduzindo a sensibilidade do paladar e do olfato;

o Dietas não orientadas por profissional da área de nutrição;

o Aumento do metabolismo e conseqüentemente das necessidades energéticas, facilitando a perda de peso;

o Falta de equilíbrio para preparar a sua própria alimentação ou inexistência de outra pessoa que possa fazê-lo.

o Problemas com a postura e dificuldade em manter-se ereto à mesa;

o Dificuldades motoras ara manusear os talheres (levar o talher à boca, cortar os alimentos) devido ao tremor e/ou à rigidez;

o Os movimentos do esôfago que ajudam a "empurrar" os alimentos para o estômago podem estar prejudicados, provocando engasgos e dificultando a deglutição;

o Tremor e rigidez, especialmente nos músculos da face, dificultando a mastigação e deglutição;

o Abuso de bebida alcoólica e de medicamentos;

o Hábitos alimentares inadequados;

o Descaso com a própria saúde.

Como obter uma alimentação saudável ?

A alimentação é fator essencial para manutenção ou recuperação da saúde. As atividades diárias de trabalho, diversão, exercício físico e o auto cuidado dependem diretamente do que e de quanto comemos. Tanto a qualidade quanto a quantidade dos alimentos ingeridos devem ser avaliadas, pois a combinação dos dois fatores pode nos trazer benefícios específicos. Sexo, altura, atividade física, estado nutricional, existência ou não de outras doenças e dificuldades físicas ou mentais influenciam direta ou indiretamente nossa dieta.

Uma alimentação variada dever fornecer todos os nutrientes de maneira adequada.

O que são nutrientes ?

Os nutrientes, inclusive a água, são substâncias que estão inseridas nos alimentos e desempenham funções variadas no nosso organismo. São eles: proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas, minerais e fibras. Podemos encontrá-los em alimentos diferentes, por isso devemos variar ao máximo nossa alimentação. O nutriente que encontramos em um podemos não encontrar em outro e vice-versa.

Os nutrientes estão presentes em quantidades diferentes nos alimentos. Nenhum alimento é completo (exceto o leite materno para crianças até 6 meses), ou seja, possui todos os nutrientes em quantidades suficientes para atender às necessidades do organismo.

Por isso precisamos ter uma alimentação variada.

O que devemos comer diariamente para ter uma alimentação adequada ?

* Grupo de carnes, peixes, aves, ovos e leguminosas

As carnes vermelhas (incluindo as vísceras, lingüiças, salsichas e presuntos) e as brancas (peixes e aves) são alimentos ricos em proteína e, portanto, chamados de alimentos construtores. A proteína está envolvida na formação e manutenção de células, tecidos do nosso corpo e órgãos (coração, pulmão, intestino, pele, etc.), hormônios e anticorpos para proteção do nosso organismo contra as doenças. Nas carnes vermelhas, peixes e aves podemos encontrar o ferro, também considerado nutriente construtor, devido à sua função. Ele participa da formação das células vermelhas do sangue, prevenindo a anemia, muito comum naqueles indivíduos que não ingerem quantidade suficiente destes alimentos.

Qual a quantidade de carne que devemos ingerir ?

As carnes devem ser ingeridas na quantidade média de 100 g por dia, o que significa um pedaço médio (ver lista de carnes).

* Grupo dos laticínios

Este grupo é fonte de proteína e é insubstituível quando se trata de cálcio, mineral envolvido na formação e conservação de ossos e dentes. Com o envelhecimento, perdemos massa óssea, o que pode ser agravado por vários fatores, tais como uso de medicamentos (diuréticos, antiácidos e outros), redução da atividade física e imobilidade, menopausa, doenças crônicas, baixo consumo de alimentos que contenham cálcio, fumo excessivo, entre outros.

Principais alimentos

ricos em cálcio

Alimentos ricos em cálcio=300 mg de cálcio

Alimento


Quantidade

Leite


1 copo grande (250 ml)

Iogurte


1 copo grande (250 ml)

Queijo branco


1 fatia média (30 g)



Para obtermos uma quantidade adequada deste mineral, devemos ingerir 1200 mg/dia, que correspondem a 3 copos de leite e iogurte e uma fatia de queijo. Para aqueles que já têm osteoporose, são necessários 1500 mg/dia. Veja a tabela na página anterior e verifique quanto de CÁLCIO você está ingerindo por dia.

Hoje temos disponível no mercado o leite enriquecido com cálcio ("Cálcio Plus"), o que significa que se você tomar um copo de leite ( 250 ml ), estará ingerindo o dobro de cálcio existente no leite comum. É uma boa alternativa para aqueles que não têm o hábito de tomar leite, iogurte ou comer queijo.

A melhor escolha de queijo é o tipo minas frescal que tem quantidade menor de gordura que os outros (parmesão, prato, gorgonzola, etc.).

O iogurte pode ser usado em substituição ao leite, na mesma quantidade, e os tipos desnatados são indicados para aqueles que têm colesterol alto ou estão com o peso corporal acima do recomendado.

Os leites e substitutos são também fonte importante de proteína.

DICA: A manteiga e o creme de leite, apesar de serem derivados do leite, não podem ser usados como fornecedores de cálcio e nem de proteína. Eles fornecem gordura.

A proteína pode interferir na utilização da levodopa pelo organismo?

Sim. A proteína que encontramos nas carnes vermelhas ou brancas nos laticínios (leite, iogurte e queijos) e ovos pode interferir na utilização da levodopa. Esta interferência depende da resposta de cada organismo ao tratamento com a levodopa. O que acontece é que, tanto no intestino quanto no cérebro, a proteína e a levodopa são absorvidas no mesmo local e ao mesmo tempo. Só podemos, porém, absorver uma de cada vez. Se estas duas estão juntas, uma prejudica a outra. Elas entram em competição e quem sai perdendo é geralmente a levodopa, que acaba não produzindo o efeito terapêutico desejado. Isto ocorre com maior freqüência naqueles indivíduos que têm grandes flutuações no tratamento.

Alguns estudos têm mostrado os benefícios de uma dieta com menor quantidade de proteína e o consumo da mesma em horários mais distanciados do uso da levodopa. O que acontece é que, de um modo geral, as pessoas costumam consumir excesso de proteína (muita carne, presuntos, hambúrgueres e outras preparações).

Qual a quantidade de alimentos protéicos que devemos ingerir?

Temos as seguintes alternativas para melhorar esta situação:

1. Ingerir os alimentos protéicos em horário distante do uso da levodopa (½ a 1 hora antes da refeição na qual costumamos ingerir carne branca ou vermelha, leite, queijo, iogurte e ovos).

2. Deixar para ingerir as carnes ou ovos no jantar (horário em que geralmente não temos tantos compromissos sociais e costumamos ficar em casa, para dormir logo depois).

Quantidades de carnes que devem ser ingeridas por dia (escolha um tipo)

o Carne assada = 1 fatia média

o Carne cozida em pedaços = 2 pedaços grandes

o Carne moída = 2 colheres de arroz médias (não muito cheias)

o Almôndega = 3 unidades médias

o Salsicha = 3 unidades

o Sardinha = 1 lata pequena (sem óleo)

o Atum = ½ lata

o Frango ensopado = ½ sobrecoxa média ou ½ peito médio

Obs.: Para evitar enjôos quando fizer uso da medicação, procure comer junto alimentos como frutas, sucos de frutas ou bolachas Cream Cracker.

Frutas, Verduras e Legumes

Este grupo de alimentos é importante como os outros e é muito variado. Frutas, verduras e legumes são ricos em vitaminas, minerais e fibras, que podem ajudar muito no funcionamento intestinal. As frutas, as verduras e os legumes são considerados alimentos reguladores, (já que regulam o funcionamento do organismo). Além disso, algumas funções do organismo podem ser controladas: há melhoria da resistência às infecções; formação e proteção de pele, olhos, cabelos, unhas e dentes; manutenção dos processos digestivos e de absorção de nutrientes; participação em várias reações de formação e renovação de células e funcionamento de órgãos.

Não há como dizer que não gostamos de algum representante deste grupo. Maça, banana. Laranja, morango, melancia, pêssego, tomate, alface, couve, cenoura, beterraba, abobrinha e todas as outras frutas, verduras e legumes podem ser consumidos à vontade.

Vitaminas

A Vitamina A é importante para a visão e a formação da pelo, dos cabelos e das unhas. A sua carência causa lesões na córnea, cegueira noturna e ressecamento da pele.

Onde encontramos a Vitamina A?

Podemos encontrá-la nas frutas e vegetais alaranjados e verde-escuros (cenoura, abóbora, batata-doce, mamão, manga, caqui, brócolis, couve, espinafre, acelga, almeirão e outros) Encontramos a vitamina A também nos alimentos de origem animal (leite integral, queijos, creme de leite, manteiga, gema de ovo e fígado).

A Vitamina C está envolvida em processo de cicatrização e resistência às infecções, aumento da absorção do ferro do feijão e outras leguminosas (grão de bico, soja lentilha).

A vitamina C pode ajudar no tratamento ou na cura da doença de Parkinson?

Alguns estudos tentam mostrar a função antioxidante da vitamina C, inclusive para diminuição da progressão da doença de Parkinson. Porém, a eficácia deste tratamento ainda não foi comprovada.

Quais alimentos contêm a vitamina C e que quantidade devemos ingerir diariamente?

A vitamina C pode ser encontrada nas frutas cítricas (laranja, mexerica, limão, abacaxi e outras), morango, kiwi, goiaba, tomate, acerola. Se for ingerido pelo menos um destes alimentos por dia, a vitamina C já estará garantida. A quantidade de que necessitamos diariamente é de 60 mg. Os fumantes necessitam de 100 mg.

Alimentos ricos em VITAMINA C

Alimento


Quantidade


Vitamina C

Acerola


3 unid (9 g)


150,97 mg

Laranja


1 unid média (180 g)


95,76 mg

Mexerica


1 unid média (148 g)


45,58 mg

Tomate


2 unid média (218 g)


38,15 mg

Morango


5 unid média (60 g)


34,2 mg

Fonte: PHILLIPI, S.T. SZARFARC, S. LATERZA, A.R. Virtual Nutri (software) versão 1.0, for windows. Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública/USP. São Paulo, 1996

E os suplementos de vitamina C?

Os suplementos de vitamina C têm doses que variam de 500 a 2000 mg, superiores àquela de que necessitamos. Alguns estudos mostram que o excesso da vitamina C pode causar diarréia e favorecer a formação de cálculos renais. Como não se tem dados comprovando sua eficácia, não há justificativa para o uso de suplementos a não ser que seu médico ou nutricionista esteja acompanhando o caso. Evite tomar suplementos alimentares sem o consentimento desses profissionais.

A Vitamina D tem como principal função a absorção do cálcio, sendo essencial na formação da estrutura óssea.

Onde encontramos a Vitamina D?

Podemos encontrá-la em gema de ovo, fígado, leite integral, manteiga, creme de leite e ainda nas margarinas.

O sol é uma outra ótima fonte de vitamina D, porque ele converte em forma ativa (possível de ser utilizada pelo organismo) a vitamina D que fica na pele.

DICA: é importante tomarmos sol diariamente, por pelo menos 20 minutos, pela manhã até as 10:00 horas ou à tarde depois das 16:00. Desta forma, contribuiremos muito para o fortalecimento ósseo e para a prevenção da osteoporose. Nestes horários, encontramos menor quantidade de raios solares prejudiciais ao organismo.

A Vitamina E tem função antioxidante e a sua carência causa efeitos negativos na formação de músculos, vasos sanguíneos e sistema cardiovasculares.

Onde encontramos a Vitamina E?

Encontramos esta vitamina em óleos vegetais (soja, girassol, milho, azeite de oliva), gema de ovo, fígado, leite, frutas oleaginosas (avelã, castanhas, nozes amendoim).

A Vitamina K tem a função de regular a coagulação sangüínea e sua carência provoca hemorragias.

Onde encontramos a Vitamina K?

Podemos encontrá-la no fígado e em hortaliças (verduras e legumes), além de haver produção pela flora intestinal (bactérias).

As Vitaminas do complexo B são tiamina (B1), riboflavina (B2), piridoxina (B6), cobalamina (B12), niacina, biotina, ácido pantotênico, ácido fólico. São hidrossolúveis (solúveis em água) e têm funções variadas, como a prevenção de doenças relacionadas com o sistema nervoso e o sistema muscular, formação de glóbulos vermelhos, metabolismo de gorduras, carboidratos e proteínas, conservação de tecidos e olhos, além de outras funções.

Onde encontramos as Vitaminas do complexo B?

Encontramos estas vitaminas em alimentos de origem animal (carnes brancas ou vermelhas, vísceras, leites, queijos, ovos), cereais integrais, leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, ervilha seca) e hortaliças (verduras e legumes).

A piridoxina tem alguma relação com a doença de Parkinson?

Sim. A PIRIDOXINA (B6) participa também da conversão da levodopa em dopamina antes que ela chegue ao cérebro. A absorção da dopamina é eficaz apenas no cérebro. Se ocorrer esta conversão de levodopa em dopamina antes de chegar ao cérebro, esta dopamina vai se perder toda e aí não teremos o efeito desejado do medicamento.

A levodopa deve ser convertida adequadamente em dopamina para haver efeito terapêutico. Por isso, quando utilizamos levodopa, não devemos tomar suplementos de vitamina B6 (piridoxina).

SE EU ESTIVER TOMANDO ALGUM MEDICAMENTO À BASE DE BENZERAZIDA OU CARBIDOPA, POSSO TOMAR SUPLEMENTOS DE PIRIDOXINA (VITAMINA B6)?

Existem alguns medicamentos que contêm substâncias (benzerazida e carbidopa) que são inibidoras da dopaminase (enzima que converte a levodopa em dopamina, juntamente com a piridoxina). Neste caso, não há conversão fora do cérebro e o medicamento tem o efeito desejado. A vitamina B6 (piridoxina), portanto, não interfere no tratamento. O Madopar e o Sinemet são drogas à base de levodopa que já vêm com inibidores da dopaminase, não sendo contra-indicada a suplementação da vitamina B6.

Obs.: Lembre-se de que qualquer suplemento vitamínico ou mineral deve ser tomado apenas com indicação do médico ou nutricionista.

Minerais

O FÓSFORO, assim como o cálcio, participa do fortalecimento da massa óssea e dos dentes.

Onde encontrar o Fósforo?

Podemos encontrá-lo nos leites, queijos e iogurtes, na gema de ovo e em carnes, castanhas e amendoim.

O MAGNÉSIO é essencial para a formação de proteínas. Sua carência pode provocar distúrbios neuromusculares e problemas de crescimento.

Onde encontrar o Magnésio?

Pode ser encontrada em cereais integrais, castanha, carnes, leites, verduras, legumes, chocolate, tofu (queijo feito à base de soja).

O POTÁSSIO é responsável pela regulação do equilíbrio de minerais e água.

Onde encontrar o Potássio?

Os alimentos ricos em potássio são as frutas (laranja, banana, mexerica e outras), verduras e legumes, leite, cereais e carnes.

Obs.: As pessoas hipertensas que usam diuréticos continuamente, têm perdas significativas de potássio pela urina. Portanto, devem estar atentas aos alimentos ricos neste mineral para repor esta perda adequadamente.

O SÓDIO também regula o equilíbrio de minerais e água e sua carência pode provodcar cãibras e fraqueza muscular.

Onde encontrar o Sódio?

Podemos encontrá-lo no sal de cozinha (usar moderadamente), em peixes e frutos do mar e no leite.

O ZINCO regula a formação de proteínas e sua carência causa distúrbio do crescimento..

Onde encontrar o Zinco?

Podemos encontra-lo em leite, queijos, carnes, fígado, moluscos, caranguejo, arenque, leguminosas, vagens, cereais integrais e nozes.

AS FIBRAS

E as fibras alimentares?

QUAL A QUANTIDADE DE ALIMENTOS RICOS EM FIBRA QUE DEVEMOS INGERIR DIARIAMENTE?

É recomendável a ingestão de 25 a 30 g de fibras alimentares por dia.

Quantidade de fibras em alguns alimentos

Alimento


Quantidade


Fibras

Cereal "All Bran"


1 xícara de chá (30 g)


9,0

Lentilha cozida


1 xícara de chá (150 g)


7,3

Feijão cozido


2 conchas (90 g)


7,2

Farelo de trigo


2 colheres de sopa (15 g)


6,8

Grão de bico cozido


2 colheres de sopa (120 g)


6,7

Ameixa preta (seca)


3 unid grandes (30 g)


4,8

Pipoca


3 xícaras de chá (30 g)


4,6

Maçã com casca


1 unid média (150 g)


4,6

Pêra com casca


1 unid média (140 g)


4,2

Castanha de caju


1 pacote pequeno (70 g)


4,1

Batata doce cozida


1 unid média (120 g)


3,1

Aveia com flocos


2 colheres de sopa (30 g)


3,0

Uva passa preta


1 pacote pequeno (50 g)


2,9

Abacaxi


2 rodelas (150 g)


2,8

Cenoura crua


1 unid média (100 g)


2,8

Manga


1 unid média (60 g)


2,7

Milho verde enlatado


1 xícara de chá (60 g)


2,7

Abobrinha cozida


1 xícara de chá (134 g)


2,4

Escarola cozida


1 xícara de chá (153 g)


2,2

Laranja


1 unid média (100 g)


2,2

Tomate cru


1 unid média (100 g)


1,9

Maçarrão cozido


2 xícaras de chá (220 g)


1,8

Arroz integral cozido


5 colheres de sopa (165 g)


1,4

Pão francês


1 unidade (50 g)


1,4

Morango fresco


5 unidades médias (60 g)


1,3

Beterraba cozida


1 unid média (100 g)


1,0

Banana nanica


1 unid grande (140 g)


0,8

Arroz branco cozido


1 colher de sopa (150 g)


0,7

Fonte: PHILLIPI, S.T. SZARFARC, S. LATERZA, A.R. Virtual Nutri (software) versão 1.0, for windows. Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública/USP. São Paulo, 1996

O intestino preso é freqüente na doença de Parkinson?

O intestino preso é uma das queixas mais freqüentes. Esta freqüência aumenta com a idade e é comum entre os parkinsonianos, atingindo mais de 50% deles.

Na doença de Parkinson, permanecer com o intestino constantemente preso pode atrapalhar o tratamento com a levodopa, já que dificulta sua absorção. Além disso, quando o intestino está preso por muito tempo, há uma reprodução aumentada de bactérias. Estas bactérias transformam a levodopa em dopamina, que não consegue penetrar no cérebro e ter o efeito terapêutico desejado. (Vocês lembram que apenas a levodopa consegue penetrar no cérebro e dopamina não?). Sabemos do impacto da constipação sobre nosso bem-estar geral. Afinal, a sensação de peso e a formação de gases intestinais pelas bactérias devido ao grande tempo de permanência das fezes no intestino não são nada agradáveis e contribuem para estados de humor alterados (irritação, nervosismo, etc.)

QUAIS OS FATORES QUE PODEM CAUSAR A PRISÃO DE VENTRE?

* excesso de peso corporal;

* baixa ou nenhuma atividade física;

* problemas motores ou neurais do intestino;

* uso de medicamentos constipantes;

* o uso excessivo e indiscriminado de laxantes.

ATENÇÃO !!! O uso de certos medicamentos pode causar constipação, porém muitas vezes não podemos parar de toma-los ou não há como substituí-los por outros. É importante que o médico seja informado com detalhes sobre outros medicamentos usados além daqueles indicados para a doença de Parkinson. Assim, ele poderá fazer uma prescrição adequada de laxativos, se for realmente necessário.

O que os laxativos podem causar ao organismo?

O uso indiscriminado de laxativos pode reduzir a absorção de nutrientes, aumentando a perda destes pelas fezes. O óleo mineral pode reduzir a absorção de vitaminas lipossolúveis (solúveis em óleos e gorduras): vitaminas A, D, E e K. O uso crônico destes medicamentos pode causar irritação e grande disfunção da motilidade intestinal, ou seja, a evacuação passa a ser impossível se não houver a presença do laxativo, instalando-se, desta forma, o vício.

DROGAS POTENCIALMENTE CONSTIPANTES

* MINERAIS – Alumínio (antiácidos), cálcio, ferro

* ANTI-HIPERTENSIVOS E ANTIARRÍTMICOS – bloqueadores do canal de cálcio, clonidina, disopiramida

* SIMPATOMIMÉTICOS – efedrina, isoproterenol, fenilefrina, fenilpropanolamina, pseudoefedrina, terbutalina

* LEVODOPA – Sinemet, Prolopa, Levocarb, Cronomet

* OPIÁCEOS codeína, difenoxilato, hidrocodona

* ANTICOLINÉRGICOS – antidepressivos, neurolépticos, anti-histamínicos, medicações antiparkinsonianas (Artane, Akineton, etc.)

* MEDICAÇÕES ANTIINFLAMATÓRIAS NÃO-CORTICÓIDES

Como estimular o funcionamento do intestino?

* Comer frutas – laranja com bagaço, mexerica, mamão, ameixa, abacate, uva, manga, morango, kiwi, banana nanica, melão, melancia (pelo menos três vezes ao dia).

* Comer vegetais – verduras em geral (de preferência cruas), tomate, beterraba, quiabo, jiló, chuchu, vagem, berinjela, milho, ervilha (pelo menos duas vezes ao dia).

* Usar feijão, grão de bico, lentilha ou ervilha seca diariamente.

* Preferir cereais integrais – pão integral, aveia, arroz integral, germe e farelo de trigo, "All Bran" (com moderação).

* Usar mel para adoçar leite, iogurte ou outros líquidos.

* Ingerir iogurte (de preferência natural) e leite diariamente.

* Ingerir duas porções de salada com vegetais crus por dia.

* Mastigar bem os alimentos.

* Tomar bastante líquido entre as refeições (8 copos por dia de água, sucos, chás), principalmente pela manhã e à tarde, evitando atrapalhar seu sono à noite.

* Não adiar o horário de ir ao banheiro. Se este procedimento é feito repetidamente, passamos a não ter mais a vontade de ir ao banheiro (inibição do reflexo de decação).

* Ao se levantar pela manhã, tomar água de ameixa preta seca e comê-la (l ameixa de molho em 1 copo de água de um dia para o outro)

Dicas:

Se o intestino estiver preso

* Não abuse de arroz branco, farinhas, batata, mandioca, pão branco, tortas, bolos, macarrão e outras massas, doces, bolachas.

* Evite limão, banana-prata, banana-maçã, jabuticaba, goiaba (polpa, caroço), produtos de pastelaria, embutidos.

Obs.: Dependendo do caso, dificuldades em mastigar e engolir podem fazer com que frutas e hortaliças não sejam bem tolerados. Entretanto, suco de ameixa, laranja ou mamão e farelo de trigo em quantidade moderada (se bem tolerado, já que pode causar gases em algumas pessoas e diminuir a absorção de algumas vitaminas e minerais) podem ser incorporados na dieta, por serem laxativos naturais.

E quando ocorre excesso de gases intestinais?

Se houver formação de gases intestinais, observe estes alimentos: repolho, nabo, rabanete, cebola, brócolis, melão, melancia, queijos gordos (amarelados e/ou curados) ou outros. Procure não ingeri-los ao mesmo tempo, para identificação de qual pode ser o causador dos gases.

O farelo de trigo pode ser usado apenas moderadamente, já que pode causar gases intestinais e diminuir a absorção de algumas vitaminas e minerais.

Obs.: Ao comer, beber líquidos ou falar depressa, podemos engolir ar e contribuir para o acúmulo de gases no aparelho digestivo. Portanto, CALMA!!!!!!!!

Grupo de cereais

Este grupo tem como principal função o fornecimento de energia ao nosso organismo. Ele engloba alimentos ricos em carboidrato, que é um nutriente. Aqui estão arroz, milho, centeio, trigo, aveia, farinhas e todos os seus produtos (pães, bolachas, bolos, polenta, angu, tortas, farofa e outros).

DICA: O parkinsoniano tem tendência a perder peso. O grupo de cereais, juntamente com as carnes e os laticínios, contribui para a recuperação do peso.

Gorduras

As gorduras têm função de isolantes térmicos, formação de hormônios, transporte de vitaminas lipossolúveis (dissolvidas em gorduras) e de fornecer energia para o funcionamento do organismo, assim como o carboidrato. Elas devem ser usadas em pequenas quantidades na alimentação pois em excesso podem favorecer a ocorrência de obesidade e elevar os níveis de colesterol sangüíneo, que é risco para doenças cardiovasculares.

ONDE ENCONTRAMOS AS GORDURAS?

As gorduras podem ser de origem animal (creme de leite, manteiga, banha, bacon) ou vegetal (óleos de soja, de canola, de milho, de girassol, azeite, margarina). Também estão presentes nas frutas oleaginosas (nozes, amêndoas, amendoim, castanhas).

As gorduras vegetais não contêm colesterol.

Apenas as gorduras animais possuem colesterol. Assim, o ovo, as carnes, os leite integrais e queijos, as vísceras, a maionese (feita com ovo) e os embutidos também possuem uma quantidade significativa de colesterol e não devem ser ingeridos abusivamente.

Devem-se preferir as gorduras vegetais, porque não contêm colesterol e possuem maior quantidade de gorduras insaturadas que saturadas. Estas últimas constituem risco para doença cardiovascular.

O QUE SÃO GORDURAS SATURADAS?

As gorduras saturadas são gorduras de consistência sólida à temperatura ambiente e são encontradas em todos os alimentos de origem animal (carnes, leite integral, queijo, creme de leite, bacon, manteiga) e em alguns alimentos de origem vegetal como o coco (leite de coco, gordura de coco), azeite de dendê, gordura vegetal hidrogenada e óleos usados repetidamente para frituras. Podem propiciar risco de doenças cardiovasculares, assim como o colesterol.

Qual quantidade de colesterol podemos ingerir diariamente?

A quantidade de colesterol que podemos ingerir diariamente é de 300 mg, se não tiver nenhum problema de colesterol elevado.

Confira sua ingestão:

Alimento


Quantidade


Colesterol (mg)

Leite desnatado


1 xícara de chá (200 ml)


6*

Leite integral


1 xícara de chá (200 ml)


22*

Manteiga


1 colher de sopa rasa (19 g)


47,5*

Margarina


1 colher de sopa rasa (17 g)


11*

Maionese


1 colher de sopa rasa (17 g)


8,5**

Ostras


90 g


61**

Pescada


90g, (fatia média)


58,5**

Carne de porco


90 g


99,9**

Carnes


90 g, (fatia média)


63*

Camarão


90 g, ( 3 unidades médias )


112,5*

Miúdos de frango


90 g


354**

Ovo (gema)


1 gema, 1 ovo (20 g)


300*

Fígado


90 g, (fatia média)


270*

Queijo minas


Fatia média (30 g)


23**

Queijo prato


Fatia média (30 g)


31**

Mussarela


Fatia média (30 g)


23**

Requeijão cremoso


1 colher de sopa (15 g)


2,25*

Ricota


Fatia média (35 g)


18**

Fonte: (*) WILLIAMS, S. R. Fundamentos de nutrição e dietoterapia. 6ª ed. Artes Médicas. Porto Alegre, 1997. (**) UNITED STATES OF AMÉRICA. Departament of agriculture. Human Nutrition Information Service: Composition of foods, Raw, processed, prepared. Agriculture Handbook nº 1-16. Revised 1976-1986.

O que posso fazer para reduzir o colesterol?

1. Fazer alguma atividade física.

2. Diminuir o consumo de frituras, preferindo os alimentos cozidos.

3. Aumentar o consumo de frutas, hortaliças e cereais como aveia, "All Bran".

4. Fazer uso de produtos com baixo teor de gorduras:

o Leite, iogurte e coalhada desnatados, ricota, queijo Minas "light";

o Frango sem pele, carne de boi sem gorduras, peixes sem pele;

o Margarinas cremosas (de preferência as do tipo "light", como BECEL)

5. Evitar os seguintes alimentos:

o Leite, iogurte e coalhadas integrais;

o Queijos gordos tipo mussarela, prato, requeijão integral, minas gordo, parmesão, gorgonzola e outros;

o Embutidos (salames, presuntos, mortadela);

o Carnes gordurosas, vísceras, hambúrgueres;

o Frutos do mar (camarão, lagosta, ostra);

o Gema de ovo, maionese, cremes de leite, patês;

o Manteiga, banha, toucinho;

o Pães e bolos com recheios de cremes.

A perda de peso na doença de Parkinson

Com o aumento da idade, a quantidade de energia que necessitamos vai diminuindo. Há diminuição de músculos, aumento na gordura corporal e lentidão no funcionamento dos órgãos, que faz com que tenhamos de comer menos. Isto se dá no envelhecimento normal. Na doença de Parkinson pode ser diferente. O parkinsoniano tem facilidade maior para perder peso. Esta situação deve ser observada com muito cuidado. O organismo do parkinsoniano gasta mais energia devido aos movimentos involuntários anormais e à rigidez muscular. Além disso, podemos ter outros fatores, já citados, influenciando nesta perda de peso, como depressão ou outros distúrbios de comportamento (falta de vontade e motivação para se alimentar), problemas de dentição, mastigação e deglutição; uso de medicamentos, interferindo na absorção intestinal de nutrientes; efeitos colaterais da medicação (náuseas e vômitos), interferindo no apetite.

O QUE DEVEMOS FAZER SE HOUVER PERDA DE PESO?

Ocorrendo perda de peso, deve-se ingerir mais alimentos que possam manter o peso normal, evitando a perda acelerada. Podemos aumentar o consumo de alimentos ricos em carboidratos, por serem energéticos:

* Pães, bolachas, bolos;

* Mingaus à base de farinhas (de preferência aveia, Neston), misturados com frutas e mel;

* Batatas, arroz com feijão e massas;

* Leite integral enriquecido com Nescau, farinha Láctea ou outros.

* Os leites e iogurtes integrais podem ajudar no ganho de peso (se não houver problemas de colesterol), pelo maior conteúdo calórico que possuem, em comparação com os desnatados.

DICA: Procure o nutricionista e informe o seu médico. Esta pode ser uma situação de risco para desnutrição, infecções e outros problemas de saúde.

* Procure pesar-se pelo menos uma vez por mês.

ATENÇÃO FAMILIARES E CUIDADORES!!

Os familiares ou cuidadores devem encorajar o parkinsoniano a se alimentar. Porém, se o peso corporal estiver muito acima do normal, é necessário cautela e dieta para que ele não aumente ainda mais. O Excesso de peso pode dificultar a movimentação e o trabalho do cuidador.

Secura da boca e/ou hipersalivação

O uso de vários medicamentos e as próprias alterações fisiológicas do envelhecimento podem provocar secura na boca ou hipersalivação. Na doença de Parkinson, a perda automática do controle dos movimentos da face e o enrijecimento podem ocasionar perda de saliva pela boca, por dificuldade em engoli-la.

O QUE DEVEMOS FAZER PARA DIMINUIR A SECURA NA BOCA?

No caso de secura intensa da boca, podemos intervir como segue:

* Beba em média 8 copos de água por dia (incluindo sucos com baixo teor de açúcar, chás de ervas).

* A reposição de líquidos é necessária na hipersalivação, já que há grande perda pela boca.

* Ingerir alimentos mais sólidos, aqueles que nos fazem mastigar mais. Desta forma, a salivação é estimulada, pois ela ajuda no processo digestivo dos alimentos. Consumir bolachas Cream Crackers, bifes, biscoitos duros e outros.

* Quando a boca estiver muito ressecada, chupar balas (de preferência sem açúcar), não esquecendo de escovar os dentes logo depois.

* Fazer uma boa higiene bucal diariamente e verificar se as próteses dentárias estão bem adaptadas.

* Mastigar bem os alimentos para estimular a salivação.

* Alimentos frios podem ser úteis para estimular a salivação, além de sucos ou frutas cítricas (laranja, limão, tangerina, etc.) e doces.

* Diminuir o consumo de alimentos muito secos (farinhas e outros).

* Umedecer os alimentos mais secos em bebidas.

* Mastigar os alimentos com auxílio de bebidas (sucos de frutas, chás, leite, água).

* Evitar alimentos salgados ou condimentados.

A rigidez da face, dificuldades de mastigação e deglutição

Na doença de Parkinson, encontramos algumas alterações motoras que podem dificultar a alimentação adequada. O enrijecimento da face dificulta a mastigação e a deglutição apresenta-se deficiente, provocando engasgos com freqüência. A passagem do alimento do esôfago até o estômago fica mais demorada.

COMO AMENIZAR AS DIFICULDADES?

No caso de secura intensa da boca, podemos intervir como segue:

* Tente evitar situações que causam ansiedade na hora das refeições. Coma em um local calmo, sem sons altos e luzes fortes, e mastigue bem os alimentos. Assim você pode evitar engasgar-se com alimentos mal mastigados ou em pedaços grandes e ingeridos com muita pressa. O cuidador deve servir a refeição com calma, sem movimentos repentinos ou bruscos.

* Se houver grande dificuldade de mastigação, procure picar, amassar, bater no liquidificador, desfiar ou moer os alimentos mais difíceis de ingerir inteiros. Mas lembre-se: isto só deverá ser feito se não houver mesmo possibilidade de mastigação, Esta função é importantíssima para preservação dos dentes, da salivação, para estimulação labial, para prevenir engasgamento e para o funcionamento intestinal normal. Portanto, a ingestão de alimentos sólidos deve ser estimulada.

* Evite sopas pouco densas. Prefira sopas com vegetais ou carne que possam ser mastigados e que são mais facilmente engolidos.

* Se necessário, faça uso de canudinhos para facilitar a deglutição.

* Alimentos secos podem ser difíceis de engolir. Se assim for, ajude com alagum suco, leite, chá ou água, de preferência gelados.

Dificuldades motoras com a mão e os braços;

problemas posturais

A rigidez das mãos e dos braços faz com que as dificuldades em cortar os alimentos, segurar os talheres e conduzi-los até a boca e de volta ao prato diminua a vontade e a capacidade de se alimentar sozinho.

A rigidez muscular contribui para a existência de problemas de postura. Como os controles da cabeça e do tronco são essenciais para se alimentar, os problemas posturais contribuem para aumentar os problemas alimentares.

O POSICIONAMENTO PARA SE ALIMENTAR PODE SER MELHORADO:

No caso de secura intensa da boca, podemos intervir como segue:

* Mantenha os pés adequadamente apoiados;

* Verifique se a altura da mesa está adequada;

* Mantenha-se sentado bem próximo à mesa;

* Os braços devem ser colocados próximos ao corpo, descansando sobre o colo;

* A cabeça e o tronco devem estar na posição mais vertical possível;

* A cabeça deve estar ligeiramente inclinada para frente;

* Pratos com ventosas (para fixar na mesa), colheres, garfos e facas especiais e outros recursos adaptativos:

1. Talheres de cabo grosso

2. Copos grandes, de plástico e com alças



Obs.: Exercícios físicos podem ajuda-lo a melhorar a musculatura e, conseqüentemente, seus movimentos. Caminhadas, jardinagem, fisioterapia e/ou outros orientados pelo fisioterapeuta podem ajuda-lo a realizar com mais facilidade as atividades diárias, como cozinhar, comer, carregar sacolas, vestir-se.

Observações especiais:

Alguns parkinsonianos podem apresentar confusão mental (efeito de drogas anticolinérgicas, como Artane, Akineton) em certa fase da doença. Desta forma, podem esquecer se já comeram ou não. Esta situação pode ser difícil tanto para o parkinsoniano como para o cuidador. Existem algumas maneiras de tornar um pouco mais fácil o controle da rotina alimentar. O cuidador deve ajudar o parkinsoniano da seguinte forma:

* Manter horários regulares para as refeições e comer junto, se possível.

* Se ele quiser começar uma refeição logo após a outra, deixar algumas louças na pia e mostrar os restos de comida, indicando que ele já comeu.

* No caso de querer comer somente certos alimentos, é necessário perguntar ao nutricionista ou ao médico sobre a dieta e a necessidade de usar suplementos.

* Não se preocupar com certas etiquetas à mesa. Pode ser mais fácil comer com a colher do que com garfo e faca.

* Oferecer alimentos de textura uniforme para evitar que o paciente se confunda com os pastosos e sólidos dados ao mesmo tempo. Ele pode engolir inteiro, em vez de mastigar, e engasgar.

* Verificar se o alimento dado não está quente demais, a ponto de queimar a boca. Se isto acontecer, ele poderá ficar com medo e com freqüência se recusará a comer.

Náuseas, queimação no estômago e vômitos

A ocorrência destes sintomas depende da medicação usada e da maneira de tomá-la. Os medicamentos à base de levodopa (Sinemet, Prolopa, Cronomet, Carbidopa/Levodopa Genérico), anticolinérgicos (Triexidyl, Akineton, Mantidan entre outros), agonistas dopanimérgicos (Parlodel, Celance, Mirapex, Sifrol entre outros), e ainda o tolcapone, princípio ativo do Tasmar (inibidores da enzima COMT = catecol-o-metil-transferase, que provoca flutuações no tratamento) são os principais causadores. A associação de vários medicamentos ao mesmo tempo aumenta o risco de distúrbios gastrointestinais.

Portanto, devemos seguir os seguintes passos:

* Não comer grandes quantidades de alimentos de uma só vez. Devemos fazer 5 a 6 pequenas refeições durante o dia no lugar de apenas 3 refeições grandes. Podemos comer menos no almoço e no jantar e introduzir pequenos lanches leves (frutas, sucos, vitaminas de frutas com leite, bolachas) no meio da manhã e da tarde.

* Nunca dormir de estômago vazio. Tomar pelo menos um copo de leite ou iogurte, ou chá com bolachas, ou comer uma fruta. Porém, evitar comer demais antes de dormir.

* Evitar alimentos que possam aumentar os sintomas de náusea: alimentos picantes demais (picles, azeitonas, molhos de pimenta, molho inglês, catchup, mostarda, etc.) café, chá preto ou mate, embutidos (presuntos, salsichas, salames), doces muito concentrados, bolachas recheadas, frituras e alimentos muito gordurosos, etc..

* Se os enjôos estiverem muito evidentes, evite tomar os medicamentos de estômago totalmente vazio. Comer bolachas ou frutas, ou tomar suco junto com a medicação. Desta forma os efeitos colaterais podem ser amenizados.

* Evitar líquidos durante ou logo após as refeições.



Exemplo de cardápio

Refeição


Alimentos


Substituições

Café da manhã


Leite

Pão francês

Queijo

Mamão


Queijo, iogurte

Torrada, aveia

Margarina

Laranja, banana, maçã

Lanche da manhã


Maçã


Pêra, kiwi, abacaxi

Almoço


Arroz

Feijão

Bife grelhado

Cenoura cozida

Alface

Laranja


Batata, massa, polenta

Lentilha, ervilha seca

Frango, peixe

Chuchu, beterraba, jiló

Agrião, rúcula

Melancia, melão, uva

Jantar


Arroz

Feijão

Frango

Abobrinha

Tomate

Mexerica


Pão

Peito de peru

Alface

Tomate

Caqui

Lanche noturno


Leite


Iogurte, queijo

ATENÇÃO !!!!!!!!!

* Este é o exemplo de um cardápio adequado e está sem as quantidades porque elas são individualizadas. Cada pessoa necessita de uma quantidade específica de alimentos para satisfazer suas necessidades energéticas e nutricionais.

* Procure variar ao máximo a sua alimentação para receber todos os nutrientes e evitar possíveis carências.

* Coma diariamente frutas (pelo menos 3 unidades); verduras cruas (2 porções); verduras cozidas (2 porções); pães, bolachas; arroz, polenta ou macarrão (4 porções à sua escolha); feijão, lentilha, grão de bico, ervilha seca (1 a 2 porções à sua escolha); carnes (1 a 2 porções); leite, queijo, iogurte (3 a 6 porções).

* Faça de 5 a 6 pequenas refeições ao dia, evitando comer grandes quantidades de alimentos de uma só vez.

* Não deixe de fazer nenhuma refeição durante o dia.

* Procure ingerir uma média de 8 copos de água por dia (pode ser em forma de sucos não muito açucarados ou chás).

* Se estiver sem apetite, tente mais um pouco e, se for preciso, espere mais um pouco.

* Se estiver perdendo peso, procure o nutricionista e avise o seu médico.

* Se o intestino estiver preso, observe as orientações para melhorar seu funcionamento. Não desista e procure seguir todas as indicações. Procure fazer alguma atividade física agradável: fisioterapia, caminhada, exercícios na água, atividades domésticas ou qualquer outra.

* Não use laxantes sem prescrição médica.

* Evite o uso de doces, açúcar, frituras e gorduras em excesso. Substitua estas guloseimas por alimentos mais saudáveis, como frutas, pães, leites, iogurtes, queijos magros. Dê preferência às carnes assadas, grelhadas ou cozidas preparadas com pequena quantidade de óleo.

* Cozinhe com óleos vegetais de qualquer tipo (soja, milho, canola, girassol), pois não contêm colesterol.

* Não exagere na quantidade de sal na hora de cozinhar e evite ingerir com freqüência salgadinhos, salames, embutidos, enlatados, carnes salgadas e outros alimentos salgados. Use mais temperos À base de ervas aromáticas (salsa, cebolinha, coentro, hortelã, manjericão e outros).

* No lugar de gorduras animais (banha, toucinho, manteiga) prefira óleos vegetais (soja, milho, canola, azeite, girassol) e margarina vegetal, de preferência do tipo "light".

* Evite o consumo exagerado de alimentos industrializados (embutidos, enlatados e outros).

* Evite o uso de alimentos ricos em cafeína (café, coca-cola, chá preto e mate), especialmente no fim de tarde e À noite, para não atrapalhar o sono.

* Evite o consumo excessivo de sal. Se você for hipertenso (mesmo tomando medicamentos), deve tomar cuidado com aqueles alimentos que já vêm preparados (presuntos, salames, salgadinhos, carnes salgadas, queijos salgados, alimentos enlatados, ervilha, azeitona).

* Você é o responsável por sua saúde. Seja independente de acordo com as suas limitações, aceitando ajuda de amigos, familiares e profissionais de saúde, se necessário.

Após terem lido este manual, esperamos que vocês parkinsonianos, amigos, familiares e cuidadores possam realizar mudanças importantes no seu estilo de vida e alimentação, a fim de melhor controlar as intercorrências da doença.

Vimos aqui abordagens diversas sobre os problemas alimentares que ocorrem durante o curso da doença. Podemos encontrar pessoas com todos eles ou com parte deles. Conforme o grau de dependência do parkinsoniano, dos cuidados anteriores com a qualidade da alimentação e da aceitação das trocas sugeridas e necessárias, mudaremos antigos hábitos, de forma particular. Cada indivíduo tem hábitos alimentares que podem divergir, e muito, daqueles do seu colega. Percebemos isto nos sintomas e manifestações da doença, assim como nos efeitos colaterais dos medicamentos, nas respostas ao tratamento e na evolução da doença. Não existe "solução única", já que sabemos da complexidade da Doença de Parkinson. Há necessidade de cuidados especiais, já que estamos diante de uma situação especial, decorrente de alterações que podem agravar-se se não confiarmos nas mudanças possíveis.



As autoras

Bibliografia

1. PEREIRA FAI, CERVATO AC. Recomendações nutricionais. In: PAPALÉO NETTO M, editor. Gerontologia. São Paulo: Atheneu; 1996.p.248-61.

2. HATCHER LF, EINEN DG. La Corretta Alimentazione nel Morbo di Parkinson. Associazione Italiana Parkinsoniani (The American Parkinson Disease Association c.);1993.

3. NORBERG A, ATHLIN E, WINBLAD B A Model for the Assessment of Eating Problems in Patients with Parkinson´s Disease. Journal of Advanced Nursing 1987; 12: 473-81.

4. LIMONGI JCP. Doença de Parkinson: como diagnosticar e tratar. Rev. Bras. Med 1993; 50 (9)1078-84.

5. Boletim Associação Brasil Parkinson, n.16, 1998 (Problemas do Trânsito Intestinal e Doença de Parkinson), P.06, (Matéria de autoria do Dr. Vitaux, publicada no Boletim n. 53 da Association France Parkinson, tradução da Prof. Teresa de Freitas Limongi)

6. COITINHO DC et al. Condições Nutricionais da População Brasileira: Adultos e Idoso. INAM (Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição). Brasília, 1991.

7. JUNCOS JL er al. Levodopa methyl ester treatment of Parkinson´s disease. Neurology 1987; 37: 1242-45.

8. MARUCCI MFN e GOMES MMBC. Interação Droga-Nutriente em Idosos. In: PAPALÉO NETTO M, editor. Gerontologia. São Paulo (SP): Atheneu; 1996. p.273-83.

9. CERVATO AM et al. A Alimentação na Terceira Idade. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública (USP); 1997.



Extraído na íntegra do livro:

A Alimentação na Doença de Parkinson

Autores:

Estefânia Maria Soares Pereira, Cláudia Carvalheira Farhud e Maria de Fátima Nunes Marucci

Apoio Laboratório Boehringer Ingelheim

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Dieta na doença de Parkinson

Que fatores podem estar prejudicando minha alimentação?
Alguns fatores, geralmente presentes em pacientes com doença de Parkinson, podem apresentar-se como risco para falta de apetite, perda de peso e conseqüentemente má nutrição. São eles:
• Problemas de dentição e dificuldades de mastigação e deglutição ( ato de engolir os alimentos líquidos e/ou sólidos);
• Pouca atividade física e imobilidade;
• Medicamentos usados na fase inicial da doença (anticolinérgicos, como Artane e Akineton e outros), interferindo na absorção intestinal, dificultando o seu funcionamento, provocando náuseas, vômitos, intestino preso ou boca seca (dificultando a formação normal do "bolo alimentar"), reduzindo a sensibilidade do paladar e olfato ;
• Aumento do metabolismo e conseqüentemente das necessidades energéticas, facilitando a perda de peso ;
•Falta de equilíbrio para preparar a própria alimentação ou a inexistência de outra pessoa que possa fazê-lo ;
•Problemas com a postura e dificuldade em se manter ereto à mesa ;
• Dificuldades motoras para manusear os talheres ( levar o talher à boca, cortar os alimentos ), devido ao tremor e/ou rigidez ;
• Os movimentos do esôfago que ajudam a "empurrar" os alimentos para o estômago, podem estar prejudicados, provocando engasgos e dificultando a deglutição ;
• Tremor e rigidez, especialmente nos músculos da face, dificultando a mastigação e deglutição ;
• Hábitos alimentares inadequados;
Como obter uma alimentação saudável?
A alimentação é fator essencial para a promoção, manutenção ou recuperação da saúde. Tanto a qualidade quanto a quantidade dos alimentos ingeridos devem ser avaliadas, pois, a combinação dos dois fatores pode nos trazer benefícios específicos. Sexo, altura, atividade física, estado nutricional, existência ou não de outras doenças e dificuldades físicas ou mentais influenciam direta ou indiretamente nossa dieta.
Uma alimentação variada deve fornecer todos os nutrientes de maneira adequada.

Orientações para obter uma alimentação adequada:

• Procure variar ao máximo a sua alimentação, para receber todos os nutrientes e evitar possíveis carências.
• Coma diariamente frutas (pelo menos 03 unidades); verduras cruas (02 porções); verduras cozidas (02 porções); pães, bolachas, cereais (04 porções à sua escolha); feijão, lentilha, grão de bico, ervilha seca (01 02 porções à sua escolha); carnes (01 a 02 porções); leite, queijo, iogurte (03 a 06 porções)
• Faça de 05 a 06 pequenas refeições ao dia, evitando comer grandes quantidades de alimentos de uma só vez.
• Não deixe de fazer nenhuma refeição durante o dia
• Procure ingerir uma média de 08 copos de água por dia (pode ser em forma de sucos não muito açucarados ou chás, exceto o mate e o preto)
• Se estiver perdendo peso, procure a nutricionista e avise ao seu médico.
• Se o intestino estiver preso, observe as orientações para melhorar seu funcionamento. Não desista e procure seguir todas as indicações diariamente.
• Procure fazer alguma atividade física que lhe agrade: fisioterapia, caminhada, exercícios na água, atividades domésticas ou qualquer outra.
• Não use laxantes sem prescrição médica.
• Evite o uso de doces, açúcar, frituras e gorduras em excesso. Substitua estas guloseimas por alimentos mais saudáveis como frutas, pães, leites, iogurtes, queijos magros. Dê preferência às carnes assadas, grelhadas ou cozidas com pequena quantidade de óleo
• Cozinhe com óleos vegetais de qualquer tipo (soja, milho, canola, girassol), pois, não possuem colesterol
• Não exagere no sal na hora de cozinhar e evite ingerir com freqüência salgadinhos, salames, embutidos, enlatados, carnes salgadas e outros alimentos salgados. Use mais temperos à base de ervas aromáticas (salsa, cebolinha, coentro, hortelã, manjericão e outros)
• Após o almoço e o jantar (ou refeição com algum tipo de carne) coma alguma fruta rica em vitamina C (laranja, mexerica, acerola, morango, goiaba, abacaxi) para facilitar a absorção do ferro (Lembra que as carnes brancas ou vermelhas são ricas em ferro?)
• No lugar de gorduras animais (banha, toucinho, manteiga) prefira óleos vegetais (soja, milho, canola, azeite, girassol) e margarina vegetal, de preferência do tipo "light"
• Evitar o consumo exagerado de alimentos industrializados (embutidos, enlatados e outros)
• Evite uso de alimentos ricos em cafeína (café, coca-cola, chás mate e preto), especialmente no fim de tarde e à noite, para não atrapalhar o sono
• Evite o consumo excessivo de sal. Se você for hipertenso (mesmo tomando medicamentos) deve tomar cuidado com aqueles alimentos que já vêm preparados (enlatados, presuntos, salames, salgadinhos, carnes salgadas, , queijos salgados
• Você é o responsável por sua saúde. Seja independente de acordo com as suas limitações, aceitando ajuda de amigos, familiares, profissionais de saúde.

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Parkinson - Sintomas depressivos melhoram, diz estudo

Novas informações sobre a Doença de Parkinson, a partir de uma metanálise com aproximadamente 1300 pacientes com a enfermidade, indicaram que o princípio ativo pramipexol teve efeitos benéficos nos sintomas depressivos e de motivação da doença1,2,3. Além disso, o medicamento já demonstrou eficácia no controle dos sintomas motores. Esses resultados são importantes uma vez que os sintomas de mau humor podem afetar mais de 50% das pessoas com o problema. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, durante o 10º Congresso Internacional da Doença de Parkinson e Desordens de Movimento, em Kyoto, Japão.

"Freqüentemente ouvimos das pessoas acometidas pela Doença de Parkinson que os sintomas motores não são necessariamente os mais desafiadores", disse a ex-presidente da Associação Européia da Doença de Parkinson (EDPA na sigla em inglês), Mary Baker. "Mau humor, preocupação com o futuro e falta de motivação podem ter ainda mais impacto na qualidade de vida dos pacientes e das pessoas que cuidam deles."

Os resultados da metanálise mostraram que os sintomas depressivos da Doença de Parkinson tiveram uma melhora significativa em 61% dos pacientes tratados com pramipexol, comparados a 40,5% dos que foram tratados com placebo3. Além disso, a motivação também obteve um aumento significativo em 64,8% com pramipexol comparado aos 43,4% com placebo3. Esses resultados
revelaram os efeitos antidepressivos potenciais do pramipexol no tratamento da Doença de Parkinson relacionada com os sintomas de mau humor - além da sua eficácia no controle motor - sugerindo que apenas um medicamento, dependendo da fase da doença, pode ser necessário para tratar todo o espectro sintomático.

Os sintomas depressivos e de falta de motivação são parte intrínseca da Doença de Parkinson e estão associados à redução da atividade dopaminérgica3. Em mais de 30% dos casos, a depressão pode mesmo se manifestar como o primeiro sintoma na Doença de Parkinson, precedida do início
dos sintomas motores4. Deste modo, é fator crucial o diagnóstico precoce dessa condição.

O efeito do tratamento precoce versus tardio com pramipexol

Também foi lançado no 10º Congresso Internacional da Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento um novo estudo clínico global, o PROUD (sigla em inglês para Impacto do Pramipexol na doença pouco sintomática)5, planejado para examinar se há vantagem em tratar a Doença de Parkinson com pramipexol logo após o início dos primeiros sintomas, a fim de reduzir ou adiar a incapacidade futura. Setecentos e quarenta pacientes serão cadastrados nesse estudo cujos resultados estão esperados para março de 2008. Resultados positivos forneceriam evidências para suportar o início precoce do tratamento e possivelmente indicariam um efeito modificado da doença com pramipexol. Até o momento, nenhuma terapia demonstrou claramente o adiamento ou a
redução da incapacidade progressiva da Doença de Parkinson.

"Recentemente, a prática comum é iniciar a terapia com medicamento para a Doença de Parkinson quando os sintomas são incapacitantes", disse o professor de Neurociências clínicas, do Royal Free & University College Medical School, Dr. Anthony Schapira. "Entretanto, gostaríamos de entender melhor como ajudar os pacientes que apresentam os sintomas precoces da Doença de Parkinson. Baseado na nossa experiência clínica até então com pramipexol em todos os estágios da doença, o estudo também ajudará a avaliar o potencial do princípio ativo para tratar este grupo de pacientes", concluiu.

Os dados apresentados no congresso confirmam a eficácia de pramipexol no tratamento dos sintomas depressivos e na falta de motivação na Doença de Parkinson, assim como seus sintomas motores. Além disso, o estudo PROUD irá investigar o possível efeito da doença e ajudar a ganhar um melhor entendimento de todo o potencial do pramipexol no tratamento da doença.

Sobre a Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é a segunda doença neurológica mais comum, depois do mal de Alzheimer, em pessoas adultas. A prevalência mundial está estimada, em aproximadamente, um a dois por cento das pessoas acima de 65 anos6,7. Apesar de tradicionalmente a Doença de Parkinson estar associada a sintomas motores (tremor, rigidez, lentidão dos movimentos, desequilíbrio, passo irregular, perda da expressão facial), os sintomas não-motores, incluindo depressivos, dor,
comprometimento cognitivo e distúrbios do sono podem ser significativos. Os sintomas podem variar de paciente para paciente, mas são progressivos.

Sobre o pramipexol

O pramipexol (conhecido na Europa e no Brasil pelas marcas Sifrol® e Mirapexin® e, nos Estados Unidos, por Mirapex®) é um composto resultante de pesquisa da Boehringer Ingelheim,
primeiramente aprovado em 1997 para o tratamento dos sinais e sintomas da Doença de Parkinson de origem idiopática, podendo ser usado isolado ou em combinação com a levodopa. O pramipexol foi aprovado em abril de 2006 pela União Européia para o tratamento sintomático da síndrome das pernas inquietas de origem idiopática de moderada a severa, tendo sido depois aprovado na Austrália, no Brasil e no México, entre outros países. Nunca é demais lembrar que esse medicamento só deve ser usado com prescrição médica e acompanhamento médico rigoroso, preferencialmente de um neurologista, por todo o tratamento, e jamais deve ser usado sem a orientação de um profissional habilitado.

Boehringer Ingelheim

A corporação Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais companhias farmacêuticas do mundo. Com matriz em Ingelheim, Alemanha, opera globalmente com 143 afiliadas em 47 países e cerca de 37.500 funcionários. Desde sua fundação em 1885, a empresa familiar é comprometida com a pesquisa, o desenvolvimento e a comercialização de produtos de alto valor terapêutico para a medicina humana e a animal.

Em 2005, a Boehringer Ingelheim registrou vendas líquidas de EUR 9,5 bilhões, dos quais investiu aproximadamente um quinto das vendas líquidas de seu maior segmento de negócios de medicamentos sob prescrição médica em pesquisa e desenvolvimento.

Para mais informações, por valor visite www.boehringer-ingelheim.com.br.

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